Sinpol/SE participa de mobilização em Brasília por uma previdência igualitária nas forças de Segurança Pública
Diversas categorias policiais e de servidores da Segurança Pública unidas em busca de uma Reforma da Previdência que beneficie de maneira igualitária todos os profissionais da área. Esse foi o resultado da mobilização ocorrida nesta terça-feira, 21, em Brasília/DF, que contou com a participação de aproximadamente três mil trabalhadores mobilizados. O evento foi coordenado pela União dos Policiais do Brasil (UPB), que conta com diversas entidades representativas.
“Estamos em um momento importante de luta contra uma Reforma da Previdência que atinge negativamente direitos conquistados pelos policiais civis de todo o Brasil. É muito importante a soma de esforços neste momento por parte de todas as categorias de profissionais de Segurança Pública porque somente com nossa luta é que o Governo Federal e os parlamentares irão olhar para todos esses trabalhadores de forma igualitária. Nós não podemos aceitar um tratamento diferenciado entre as forças de Segurança Pública e os militares das Forças Armadas”, pontuou Adriano Bandeira.
O evento contou com trios elétricos estrategicamente posicionados na praça dos Três Poderes, onde diversas representações fizeram uso da palavra. Houve ainda o canto do Hino Nacional em frente ao Ministério da Justiça e uma caminhada pacífica ao redor do Palácio do Planalto. Não houve registros de violência nem de confronto durante o ato unificado.
“Todas as categorias de policiais e servidores da área de Segurança Pública não militares estiveram aqui hoje para demonstrar seu descontentamento com essa gestão da previdência. A PEC 06/2019 retira direitos conquistados ao longo de décadas. Não foi uma manifestação política e sim de descontentamento de profissionais que colocam sua vida em risco pelo cidadão brasileiro em todos os momentos. Ano passado foram mais de 500 profissionais mortos, então nós precisamos ter um tratamento diferenciado”, destacou André Gutierrez, presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol).
Pelo texto da PEC 06/19, policiais e demais servidores civis da área passam a ter o mesmo regime de Previdência e precisarão ter, no mínimo, 55 anos de idade para requerer a aposentadoria. Atualmente, policiais podem se aposentar com qualquer idade, desde que comprovem um tempo mínimo de contribuição e de atividade policial. Já a reforma da Previdência dos militares das Forças Armadas, que valerá também para policiais e bombeiros militares, aumenta o tempo de serviço de 30 para 35 anos, mas não prevê idade mínima para a reserva remunerada.
“Hoje nós contamos com cerca de três mil policiais que vieram de todo o Brasil e gostaríamos de reforçar que nossas categorias precisam se manter mobilizadas, unidas, porque se necessário for colocaremos 30 mil policiais aqui para lutar pela manutenção dos nossos direitos”, completou André Guitierrez, presidente da Cobrapol.
Luta também em Sergipe
Além da luta em âmbito federal, o Sinpol/SE vem intensificando a cobrança ao Governo de Sergipe para que seja concedida às categorias de base da Polícia Civil reposição inflacionária anual, reajuste salarial e reestruturação dos cargos que integram a base da instituição, por meio do Projeto Oficial de Polícia Civil (OPC).