Policiais civis decidem suspender a Operação OPC Legal até fevereiro e aguardar encaminhamentos do governador Belivaldo
Agentes, agentes auxiliares e escrivães da Polícia Civil estiveram reunidos em Assembleia Geral nesta segunda-feira, 16, com o objetivo de deliberar sobre os possíveis encaminhamentos de projetos por parte do Governo do Estado para aprovação na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). Os profissionais de Segurança Pública destacaram que a sinalização do governador Belivaldo Chagas com os reclames da categoria deve ser levada em consideração e optaram por suspender a Operação OPC Legal nas delegacias da capital e interior sergipano até o mês de fevereiro.
O governador Belivaldo Chagas não dialogou diretamente com o sindicato, entretanto a interlocução ocorreu por meio do secretário da Segurança Pública, João Eloy de Menezes; e do deputado estadual Luciano Bispo, presidente da Alese. A informação é que o Governo encaminhará para aprovação na Assembleia Legislativa, antes do carnaval, projeto que tratará de interstício e da criação da classe final. Além disso, há a previsão de um novo concurso público para a Polícia Civil.
“Durante a Assembleia nós apresentamos aos filiados as sinalizações de encaminhamentos por parte do Governo que vão atender algumas das necessidades dos profissionais que integram a base da Polícia Civil. Destacamos também que no tocante à reposição inflacionária, ponto convergente entre os diversos sindicatos e associações que integram a Frente Unificada dos Operadores de Segurança Pública, o compromisso do Governo também foi firmado por meio do deputado estadual Luciano Bispo. Temos até o dia 10 de janeiro para cada sindicato/associação da Frente Unificada encaminhar suas propostas sobre esse tema e a respeito da reestruturação das respectivas carreiras”, destacou Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE, ao reforçar que a aprovação do Projeto Oficial de Polícia Civil (OPC) também continuará sendo uma luta permanente do sindicato.
Reforma da Previdência
Um dos pontos que mais chamou a atenção dos policiais civis durante a Assembleia Geral foi o fato do Governo do Estado ter encaminhado para a Alese proposta de Reforma da Previdência divergente da que vem sendo encaminhada em âmbito federal. “Os policiais civis ficaram revoltados, porque entendem que o texto proposto retira direitos previamente garantidos na Constituição Federal, como a paridade e a integralidade. Além disso, deixa de considerar para a aposentadoria o tempo anterior que o policial civil teve em outras carreiras na Segurança Pública ou Forças Armadas; e não faz diferença entre o tempo de serviço entre homens e mulheres”, explicou Adriano Bandeira.
Como resultado, os policiais civis participaram na tarde desta segunda-feira de mobilização com diversas categorias de servidores públicos na Assembleia Legislativa. O objetivo é chamar a atenção dos parlamentares para que não aprovem uma Reforma da Previdência que penalize nenhum servidor público, incluindo os policiais civis que arriscam suas vidas diariamente no cumprimento de suas atividades.
“Ao longo da semana, nós continuaremos participando das discussões na Alese relacionadas à Reforma da Previdência, pois entendemos que essa proposta não pode ser aprovada. Então a gente convoca todos os policiais civis para comparecerem diariamente para essa luta, principalmente nos dias 18 e 19, quando provavelmente ocorrerá a votação dessa proposta”, completou o presidente do Sinpol/SE.
Assuntos internos
Em âmbito interno, a Assembleia também deliberou positivamente sobre o descarte de materiais inservíveis que estão guardados no sindicato e sobre convênio com plano de saúde que apresentou proposta para os policiais civis e seus dependentes.
Outro ponto em destaque com os filiados foi a não realização de uma festa de confraternização agora no final do ano. A diretoria destacou que no próximo mês de maio o Sinpol/SE completa aniversário de 30 anos e que essa data é muito simbólica, por isso os investimentos estarão voltados para esse grande evento que reunirá filiados, membros da diretoria, colaboradores, profissionais de imprensa e apoiadores da luta permanente pela valorização profissional dos policiais civis que atuam nos 75 municípios sergipanos.