Luta pelo adicional de periculosidade: Policiais e bombeiros de Sergipe deflagram Operação Polícia Unida a partir desta sexta-feira, 06
Até o momento, o Governo do Estado não apresentou nenhuma proposta relacionada ao adicional de periculosidade.
Revolta e indignação marcaram a 2ª Assembleia Unificada do Movimento Polícia Unida realizada na tarde desta quinta-feira, 05, na sede da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise), quando os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares deliberaram coletivamente pela deflagração da Operação Polícia Unida.
Os integrantes das forças de segurança e salvamento seguem insatisfeitos com as tratativas por parte do Governo do Estado, que segue sem proporcionar ao adicional de periculosidade aos profissionais que arriscam suas vidas todos os dias em defesa da sociedade. Para Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), o ingresso dos profissionais de segurança pública na primeira fase da Operação Polícia Unida demonstra o sentimento que os policiais e bombeiros de Sergipe estão no atual momento.
“O Movimento Polícia Unida foi recebido hoje pela manhã na Secretaria de Estado da Administração para dialogar com o secretário George Trindade. Para o Governo do Estado, foi instalada uma mesa de negociação para tratar do adicional de periculosidade. Para nós, foi uma reunião protocolar. O Governo conhece a proposta do adicional de periculosidade há um ano. Além disso, há 35 dias ocorreu a 1ª Assembleia Unificada do Movimento Polícia Unida e ficamos no aguardo. Hoje nós esperávamos no mínimo uma contraproposta quanto ao percentual ou quanto à forma de implementação. Até o momento não há nada de concreto, não houve nenhum estudo por parte do Governo sobre a implementação do adicional de periculosidade”, destacou Bandeira.
Para a policial civil Rosângela Vieira, o Governo do Estado não valoriza os profissionais de segurança pública. “A união de todos os profissionais é que faz a diferença. Se nós não participarmos das Assembleias coletivamente não conseguiremos nada. O governador não está nos respeitando, então essas medidas deliberadas hoje são importantes e precisam ser cumpridas”, opinou.
Operação Polícia Unida
A partir das 18h desta sexta-feira, 06, policiais civis, policiais militares e bombeiros militares iniciam em Sergipe a primeira fase da Operação Polícia Unida, ação que conta com 13 medidas que serão implementadas por estas categorias de profissionais de forma a impactar nos resultados dos trabalhos desenvolvidos diariamente nos 75 municípios sergipanos.
O deputado estadual Capitão Samuel participou da Assembleia Unificada e mencionou a importância do que foi deliberado coletivamente. “A partir de agora todos que vão cumprir o deliberado têm que entender os riscos. Mas a nossa defesa é a união e a quantidade. Para que essas medidas que estão sendo deliberadas aqui sejam efetivas e faça com que o Governo entenda as necessidades colocadas aqui, é importante que na ponta elas aconteçam. É preciso haver união”, pontuou.
Segundo o policial civil Ricardo Lobão, o momento requer a adesão dos integrantes das forças de segurança e salvamento. “É importante participarmos de todas as mobilizações porque o Governo não faz nada de graça para ninguém e nós precisamos correr atrás dos nossos direitos sempre. Somos profissionais dedicados e o Sinpol Sergipe está correto em se somar às deliberações de hoje propostas pelo Movimento Polícia Unida. Ficar em casa esperando não resolve nada”, finalizou.
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