ALESE aprova projeto do Governo do Estado que prevê reajuste de apenas 7% para os profissionais da segurança pública

ALESE aprova projeto do Governo do Estado que prevê reajuste de apenas 7% para os profissionais da segurança pública

Decisão ocorreu durante toda a terça-feira (22), após votação dos parlamentares. Vasto aparato policial em frente à Alese impediu acesso das lideranças de entidades sindicais ao plenário da Casa, para acompanhar a votação

Nessa terça feira (22), milhares de servidores públicos lotaram a Praça Fausto Cardoso, em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), para acompanhar a votação dos projetos enviados pelo Governo do Estado que tratam sobre o reajuste do funcionalismo público do Executivo, entre eles, os 2% para os profissionais da segurança pública. O ato contou com a participação de diversas entidades sindicais e representativas, entre elas, o Movimento Polícia Unida.

Logo ao chegar, os participantes se depararam com um vasto aparato policial com o objetivo de impedir o acesso dos servidores às dependências da Alese. Presente no ato, Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe, repudiou o fato, o qual considerou como “mais uma atitude autoritária e antidemocrática desse Governo, que não tem o menor respeito com os profissionais do Executivo, entre eles, os honrosos pais e mães das atividades policial e de salvamento, que trabalham diuturnamente para garantir a segurança da população sergipana”.

Ainda sobre isso, o presidente do Sinpol Sergipe recorreu aos parlamentares para permitir o acesso das lideranças ao plenário de votação da Alese, como também para retirada dos projetos da pauta do dia.

“Queremos, deputados, que sejam restabelecidos o diálogo, as negociações. Como são projetos que não foram negociados com as categorias, queremos que eles sejam retirados de pauta para que possamos construir um percentual que seja diferente dos 2% ofertados por Belivaldo Chagas. É preciso que o governador respeite a sua própria história. isso porque, ele definiu, na Mesa de Negociação, uma mudança de interstício e apresentou na Alese outra redução diferente. O projeto que foi apresentado pelo secretário de Segurança Pública de Sergipe, João Eloy, e defendido pelo delegado-geral de Polícia Civil, Thiago Leandro, trata de uma classe final, da diminuição de intertíscio e a recuperação de algumas classe, e isso não está aqui para votação. Isso é um absurdo, e não vamos aceitar imposição”, destacou Adriano Bandeira.

 

Votação

Durante as deliberações, alguns parlamentares apresentaram emendas contemplando as reivindicações das categorias, a exemplo do reajuste de 20% para os profissionais da segurança pública. Na ocasião, o presidente da Alese, deputado estadual Luciano Bispo, retirou as emendas da votação por considerá-las inconstitucionais, posicionamento seguido por outros parlamentares.

Em seguida, foi a vez da deputada estadual Kitty Lima colocar em votação um requerimento de sua autoria, subscrito por mais nove deputados, solicitando o adiamento das deliberações e votação do projeto enviado pelo Governo do Estado, no intuito de reabrir as negociações com a participação das categorias que representam a segurança pública. Por uma diferença de 13 votos contra 11, o pedido foi rejeitado.

Ao final, o presidente do Sinpol/SE lamentou o desfecho do processo de negociação ao longo dos últimos dois anos.

“O povo sergipano precisa rever urgentemente as figuras que dominam politicamente o nosso Estado, tanto no
Governo quanto na Alese. É inaceitável que os nossos próprios representantes sejam contra os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares. Nenhuma das pautas do Movimento Polícia Unida foi aprovada. Foi ridícula e vergonhosa a maneira como o Governo se comportou, empregando tantos policiais do lado de fora da Alese, como se o Movimento Polícia Unida representasse uma ameaça. Seria importante era colocar esses policiais todos nas ruas, para reforçar a proteção dos cidadãos de bem. Estamos diante de um grupo de Governo que é antidemocrático, ditatorial, que não pensa na segurança pública de forma séria e que não valida a necessidade da sua própria polícia. Precisamos repensar a política sergipana!”, finalizou Adriano Bandeira.

 

PL 69/2022

O projeto enviado pelo Governo do Estado e aprovado pelos parlamentares da Assembleia Legislativa de Sergipe prevê o reajuste em 7% do salários dos policiais civis, policiais militares e bombeiros militares.

O projeto também trata da redução no tempo de promoção das categorias. No caso específico da Polícia Civil, o tempo de promoção sai de 05 anos para 04 de efetivo serviço policial. Agora, eles seguem para sanção do Chefe do Executivo, o governador Belivaldo Chagas.

 

 

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