Assembleia Geral do Sinpol/SE é marcada por indignação e revolta contra o Governo do Estado

Entre as deliberações e aprovações ocorridas na tarde de hoje (09), estão a retomada dos “escrachos” contra o governador; intensificação da Operação Padrão; além da derrubada do grupo político que está no Governo, direcionando toda a revolta para os os candidatos apoiados por Belivaldo Chagas

Na tarde desta quarta-feira (09), o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) realizou nova Assembleia Geral Extraordinária da categoria, em ato ocorrido no salão de festas da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise), localizado no Bairro Farolândia, em Aracaju. Na pauta, discutir o envio do projeto elaborado pelo Governo do Estado que trata do reajuste de apenas 2% para os profissionais da segurança pública, o que não cobre sequer a inflação do último ano, que foi de 10,06%.

Com a presença de policiais civis da capital e interior do Estado, a Assembleia foi marcada por muita revolta e indignação da categoria com os projetos anunciados pelo governador Belivaldo Chagas, na última segunda-feira (07), que serão enviados sem data marcada, para votação na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).

Durante as deliberações, os participantes votaram e aprovaram as seguintes ações: continuidade do Sinpol no Movimento Polícia Unida; intensificação dos itens que constam na cartilha da Operação Padrão; encaminhar ofício solicitando a readequação dos projetos que tratam do reajuste de 7% e dos interstícios; retomada dos “escrachos” contra o governador, iniciando no dia 14 de março ou outra data em que o governador Belivaldo Chagas anunciará seu candidato ao Governo do Estado; e, por fim, iniciar uma campanha sistemática e duradoura inclinada a retirar o grupo que sustenta Belivaldo Chagas do poder, direcionando a revolta dos policiais contra todos os candidatos que sejam apoiados pelo atual Governador.

Ao final, Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE, falou sobre a continuidade da luta por valorização e respeito da categoria: “Não aceitaremos tamanha humilhação contra esses abnegados homens e mulheres que lutam diariamente para garantir essa segurança para a população que tanto o Governo gosta de alardear. Encerrar uma mesa de negociação só evidencia, cada vez mais, a atitude antidemocrática, autoritária e desrespeitosa de Belivaldo Chagas contra os profissionais da segurança pública. Continuaremos alerta, pois novas ações estão previstas para os próximos dias”, finalizou.

Para que a sociedade tenha uma dimensão da defasagem salarial do policial civil, a diretoria do Sinpol Sergipe destaca que um Agente ou um Escrivão de Polícia da classe de acesso recebia no ano de 2014 um valor correspondente a 6 salários mínimos, sendo que hoje, dado que de lá pra cá não recebeu qualquer recomposição inflacionária, o valor atualmente recebido corresponde a 3,71 salários mínimos. Por outro lado, os salários de outras categorias não tiveram a mesma defasagem, tais como Promotores de Justiça, Juízes, Defensores Públicos, Deputados, servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário e até mesmo no caso do Governador, que teve vantajosa majoração de sua remuneração no período.