Coronavírus: Sinpol/SE cobra medidas emergenciais para policiais civis à delegada-geral Katarina Feitoza
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) esteve reunida nesta terça-feira, 24, com a delegada-geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, para cobrar medidas urgentes e necessárias à continuidade do serviço prestado pelos policiais civis nas delegacias dos 75 municípios.
“Ao longo dos últimos dias nós temos acompanhado as necessidades dos policiais civis. O nosso trabalho precisa continuar, mas os agentes, agentes auxiliares e escrivães precisam estar devidamente amparados. Enquanto em muitas profissões as pessoas são orientadas a ficar em casa nesse período de isolamento social imposto pela situação do Coronavírus, nós temos que estar nas ruas e nas delegacias. Nosso trabalho de combate ao crime não parou e já temos uma atividade de risco. Mas os riscos agora são ainda maiores e precisam ser evitados”, destacou Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE.
Durante a reunião, que também contou a presença do diretor Jurídico do sindicato, Ênio Nascimento, o Sinpol/SE reforçou a necessidade do cumprimento de medidas sugeridas por meio de ofício recentemente e que até o momento não teve retorno por parte da Superintendência da Polícia Civil (Supci).
Durante o encontro, a delegada-geral da Polícia Civil mencionou que os materiais de proteção básicos estão sendo providenciados. “Estou me comprometendo a apenas sossegar quando tiver todos os insumos necessários para todos os policiais civis, mesmo com as dificuldades de aquisição no mercado de máscaras e álcool em gel. Nossos contatos com a Secretaria da Saúde têm sido diários e a pequena quantidade adquirida está sendo priorizada para unidades que permanecem realizando atendimento da população”, mencionou Katarina Feitoza.
Outras medidas emergenciais foram colocadas em pauta durante o encontro. “A delegada-geral também se comprometeu em ampliar a limpeza nas delegacias da capital do interior, por meio da contratação emergencial de terceirizados. Fizemos questão de demonstrar o nível de revolta dos policiais civis, das denúncias que temos recebido de todas as partes do estado”, completou Adriano Bandeira.
Diálogo com o Banese
No tocante ao Banese, Katarina Feitoza informou que buscará diretamente dialogar com o governador Belivaldo Chagas e com o presidente do banco solicitando a prorrogação dos vencimentos das parcelas de empréstimos e financiamentos que irão vencer a partir do mês de abril, sem ônus, para que sejam cobradas a partir do mês de julho em diante.
“O custo de vida do policial civil e de suas famílias aumentará nesse período de crise, então essa intervenção junto ao Banese é urgente. Além disso, bancos públicos e privados de todo o Brasil já estão prorrogando os vencimentos das parcelas de dívidas de seus clientes. Quanto às indenizações dos aposentados e pensionistas, ponto de solicitação anterior do sindicato, já começaram a ser pagas e estaremos também acompanhando essa demanda”, pontuou o presidente do Sinpol/SE.
Grupos de risco e vacinação
Durante a reunião, o sindicato destacou a importância dos policiais civis que se enquadram no grupo de risco permanecerem afastados do serviço policial em virtude do Coronavírus. Cada caso específico será devidamente avaliado pela Supci. Em relação à vacinação dos policiais civis contra a gripe, a situação também está sendo avaliada junto à Secretaria de Saúde e logo será dado retorno aos policiais civis.
“Nossas solicitações foram devidamente oficiadas e continuaremos acompanhando os desdobramentos dessa reunião. Embora o atendimento ao público externo esteja suspenso no Sinpol/SE entre os dias 25 de março e 02 de abril por conta do Coronavírus, nossa atuação sindical e luta pelos direitos dos policiais civis vai continuar. Se os policiais civis estão nas ruas se expondo, é nosso dever acompanhar de perto tudo que está acontecendo. Enquanto muitos precisam ficar em casa, nosso trabalho não pode parar e sabemos disso. Estamos fazendo a nossa parte. Cabe agora à gestão da Polícia Civil apresentar as devidas contrapartidas”, finalizou Adriano Bandeira.