Governo de Sergipe adia apresentação de contraproposta ao Movimento Polícia Unida

Governo de Sergipe adia apresentação de contraproposta ao Movimento Polícia Unida

Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (16), na SSP/SE, secretários do Governo informaram que Projeto de Reestruturação de Carreira será apresentado no dia 24 de fevereiro

Frustração, indignação e revolta. Assim foi o sentimento dos policiais civis, policiais militares e bombeiros militares diante do novo adiamento, do Governo do Estado, sobre a apresentação de uma contraproposta referente às pautas do Movimento Polícia Unida, a exemplo do adicional de periculosidade, reposição inflacionária dos últimos dez anos e a reestruturação de carreira. A informação foi confirmada durante reunião entre os principais secretários do Governo de Sergipe e os líderes do Movimento, ocorrida na tarde desta quarta-feira (16), na Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE).

Participaram da reunião, os secretários: João Eloy – SSP/SE, José Carlos Felizola – SeGov, Manuel Dernival – Sead, Marco Antônio Queiroz (Sefaz), Givaldo Ricardo – Secom, Vinicius Oliveira – PGE, membros da cúpula da SSP, superintendente Executivo, Cel Andrade, comandante Geral do Corpo de Bombeiro, Cel Alexandre e comandante Geral da PM – Cel Marcony Cabral e o Delegado Geral Thiago Leandro e representantes das associações ligados ao Movimento Polícia Unida: Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE) – Isaque Cangussu e o Sindicato dos Policiais de Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) – Adriano Bandeira, Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise) – cel Adriano Reis, Associação dos Militares da Reserva e Pensionistas (Asmirp) – Sargento Lau, a União Da Categoria Associada do Estado de Sergipe (Unica/SE) – Cabo Will Guerreiro, ten Elisangela (Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública em Sergipe (Asimusep) e o deputado estadual Cap Samuel.

Em discurso, o secretário de Estado Geral do Governo, José Carlos Felizola, informou que o governador Belivaldo Chagas aguarda o estudo dos impactos financeiros que está sendo elaborado pela Secretaria de Estado da Administração (SEAD), para apresentar uma contraproposta aos líderes do Movimento Polícia Unida, previsto para acontecer no dia 24 de fevereiro.

“Ouvimos as propostas da categoria, discutimos algumas delas, inclusive essa demanda já foi encaminhada para a SEAD, onde estão sendo feitos os cálculos, os impactos financeiros, e ficou acertado que na próxima semana, dia 24, após apresentarmos esses resultados ao governador, voltaremos a nos reunir com os líderes do Movimento Polícia Unida, para discutirmos o que será enviado para a Assembleia Legislativa (Alese)”, disse José Carlos Felizola.

Presente no encontro, o presidente do Sinpol Sergipe, Adriano Bandeira, criticou a negligência e inércia do Governo frente às angústias dos profissionais da atividade policial e de salvamento.

“Lamentamos a postura do Governo do Estado adotada mais uma vez no dia de hoje. Enquanto aguardávamos a apresentação das planilhas contendo os cálculos dos impactos financeiros e o texto que seria enviado para a Alese, o governo convoca uma reunião para dizer que não tinha nada a apresentar. Mais uma vez tentam nos enganar, pedindo novo prazo para apresentação de uma contraproposta às nossas pautas que já são de conhecimento do governador Belivaldo Chagas há quase dois anos. É um absurdo como o Chefe do Executivo trata com descaso os bravos homens e mulheres trabalham diuturnamente para proteger a sociedade. Não aceitaremos mais essa enrolação”, destacou Adriano Bandeira.

 

 

Em discurso, o presidente da Assomise, coronel Adriano Reis, sugeriu a continuidade da Operação Padrão e, em caso de nova negativa do Governo do Estado, deliberar por atitudes mais radicais, a exemplo da paralisação das atividades.

“Mais uma vez o sentimento de enrolação, de empurrar com a barriga, continua no dia de hoje. Diante disso, chegou a hora de mostramos a nossa força, da mesma forma como mostramos ontem, como temos mostrado nos demais atos. Caso não seja apresentada a contraproposta no dia 24, vamos pensar na radicalização dos protestos”, disse o coronel Adriano Reis.

Protesto na 13 de Julho

Do lado de fora da SSP/SE, policiais e bombeiros receberam a notícia com muita indignação e revolta. Na oportunidade, eles exigiram que um ato público fosse realizado, momento em que deliberaram por uma caminhada da Praça Tobias Barreto, em direção à Avenida Beira Mar, no Bairro 13 de Julho, encerrando o ato na altura da Ponte Godofredo Diniz (ponte da Coroa do Meio).

Compartilhar Post