Categoria não descarta possibilidade de paralisação, após reunião considerada infrutífera, ocorrida na manhã desta quinta-feira (21)

Frustração e revolta. Assim definem os representantes das nove entidades sindicais que integram o Movimento Polícia Unida, sobre a reunião, considerada infrutífera, ocorrida na manhã desta quinta-feira (21), com o Secretário de Estado da Administração, Manuel Dernival dos Santos Neto, e demais representantes do Governo do Estado que compõem a Mesa de Negociação Permanente, para tratar das principais reivindicações da categoria: o adicional de periculosidade para policiais civis, policiais militares e bombeiros militares e a revisão geral anual para servidores públicos ativos e inativos.

Na ocasião, estiveram presentes: a Secretária de Estado da Inclusão e da Assistência Social (Seit), Lucivanda Rodrigues; o Diretor-Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Sergipe (Sergipe Previdência), José Roberto de Lima Andrade; e o Procurador Geral do Estado (PGE), Vinícius Oliveira.

Na expectativa de ouvir a contraproposta do Governo do Estado referente às reivindicações do Movimento, principalmente decorrente do encontro ocorrido em agosto desse ano, onde os representantes das entidades sindicais fizeram o inaugural do adicional de periculosidade ao Secretário de Administração à época; o que se percebeu foi o oposto, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe, Adriano Bandeira.

”No dia 05 de agosto desse ano, fomos recebidos pelo antigo Secretário de Estado da Administração, na qual a pauta foi amplamente apresentada. No dia de hoje, o novo secretário buscou conhecer uma pauta que o Movimento Polícia Unida já reitera há mais de um ano e que já é de conhecimento público da sociedade e do governo do Estado. A contraproposta esperada hoje não veio, houve ainda tentativas, por parte do governo, de dissuadir e separar as pautas do Movimento Polícia Unida, coisa da qual nenhuma das associações participantes abrirá mão. Infelizmente, a reunião foi mais uma prova da falta de compromisso e respeito com a categoria, por parte do governo de Belivaldo Chagas”, destacou Adriano Bandeira.

De acordo com o presidente do Sinpol/SE, a luta vai continuar. Isso porque, durante as deliberações, ficou agendada uma nova reunião que será realizada na próxima terça-feira (26), entre os representantes do Polícia Unida e o Procurador-Geral do Estado. Na pauta, conhecer e discutir os entraves existentes para concessão dos benefícios para ativos e inativos.

“Nossos esforços não vão parar por aqui. Vamos continuar na luta por um direito que está previsto na Constituição. A depender do que for tratado e deliberado nesta próxima reunião, convocaremos uma Assembleia Geral para discutir os próximos atos, inclusive com possibilidade de paralisação dos trabalhos. Quero deixar claro que essa não é a nossa intenção, mas caso o governador Belivaldo insista nessa postura de desvalorização desses honrosos profissionais que atuam na atividade policial e de salvamento, partiremos para atitudes mais contundentes. Para isso, convocaremos uma assembleia, a fim de que essa possibilidade seja deliberada”, pontuou Adriano Bandeira.

Adicional de periculosidade

O benefício é um direito de todo profissional que trabalha em situação que coloque sua vida em risco, não sendo entendido como bonificação, mas sim um adicional permitido pelas constituições Federal e Estadual. No caso dos policiais, a periculosidade não se deve apenas ao trabalho arriscado, como também da condição de ser policial, ou seja, o risco começa desde o ato da posse até o dia da sua morte, o que contempla os policiais ativos e inativos.

Movimento Polícia Unida

O Movimento Polícia Unida é formado por nove entidades sindicais e representativas: Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE); Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE); Associação Militar Única; Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Estado de Sergipe (Aspra); Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise); Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública em Sergipe (Asimusep); Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese); Associação dos Militares da Reserva Remunerada e Pensionistas do Estado de Sergipe (Asmirp/SE); e Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ACS-SE).