Movimento Polícia Unida cobra do Governo do Estado reposição de 25% para categoria

Movimento Polícia Unida cobra do Governo do Estado reposição de 25% para categoria

Contraproposta foi lançada em reunião com a cúpula do Executivo na tarde desta quinta-feira (24), na Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), após decisão em Assembleia Geral Unificada da categoria

Na tarde dessa quinta-feira (24), milhares de policiais civis, policiais militares e bombeiros militares lotaram a Praça Tobias Barreto, em frente à Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), para mais uma Assembleia Geral Unificada realizada pelo Movimento Polícia Unida. O ato coletivo precedeu a reunião marcada entre os representantes do Movimento com a cúpula do Governo do Estado, este responsável por apresentar uma contraproposta frente às principais pautas da categoria, como o adicional de periculosidade, reposição inflacionária e projeto de reestruturação de carreira.

Antes da reunião, participantes já manifestavam sua indignação com o anúncio feito na tarde de quarta-feira (23), pelo governador do Estado, Belivaldo Chagas, que concedeu reajuste de 5% para os servidores da segurança pública. Para eles, a sensação era a mesma: indignação e revolta com a falta de respeito e valorização da categoria por parte do Chefe do Executivo.

“Não podemos aceitar um mísero reajuste como esse. Estamos há quase 10 anos sem qualquer reposição inflacionária, com perdas que chegam a mais de 60%, e esse Governo vem querer oferecer apenas 5%? Isso é totalmente inadmissível”, disse um dos participantes.

Presente na Assembleia, Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), lamentou o anúncio apenas do reajuste, sem considerar as outras pautas de reivindicação da categoria.

“O Governo já conhece a nossa pauta há quase dois anos. Mesmo assim, decidiu desconsiderar uma das nossas principais reivindicações, que é o adicional de periculosidade, direto constitucional que nos foi usurpado; além de anunciar uma miséria de reajuste de 5%, diante de uma classe que coleciona perdas inflacionárias de mais de 60%. Então, hoje só sairemos dessa reunião com algo de concreto para a categoria, pois merecemos respeito e valorização por parte do governador Belivaldo Chagas”, pontuou.

Enquanto os participantes entoavam cantos de luta do lado de fora da SSP, na parte interna, lideranças do Movimento Polícia Unida se reuniram para ouvir da cúpula da Secretaria de Segurança Pública e representantes do Governo do Estado, a contraproposta do Governo para a categoria.

Na oportunidade, estiveram presentes os secretários: João Eloy – SSP/SE, José Carlos Felizola – SeGov, Manuel Dernival – Sead, Marco Antônio Queiroz (Sefaz), Givaldo Ricardo – Secom, Vinicius Oliveira – PGE, membros da cúpula da SSP, superintendente Executivo, Cel Andrade, comandante Geral do Corpo de Bombeiro, Cel Alexandre e comandante Geral da PM – Cel Marcony Cabral e o Delegado Geral Thiago Leandro e representantes das associações ligados ao Movimento Polícia Unida: Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE) – Isaque Cangussu e o Sindicato dos Policiais de Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) – Adriano Bandeira, Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise) – cel Adriano Reis, Associação dos Militares da Reserva e Pensionistas (Asmirp) – Sargento Lau, a União Da Categoria Associada do Estado de Sergipe (Unica/SE) – Cabo Will Guerreiro e a delegada Flávia Félix (Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública em Sergipe – Asimusep).

 

Proposta

No encontro, os atores do Governo apresentaram apenas um projeto de redução de interstício para as carreiras, ato que gerou a insatisfação dos líderes do Movimento. Na ocasião, além de informarem sobre a decisão da categoria em rejeitar os 5% de reajuste propostos pelo Governo do Estado, votada instantes antes em Assembleia; ofereceram uma contraproposta ao Governo: a exigência de reajuste de 20%, além dos 5% que foi anunciado, totalizando 25%.

“O Governo do Estado não apresentou uma proposta de valorização salarial, apenas de redução de interstício. Por não aceitarmos, fizemos uma contraproposta. Agora, o governo ficou de avaliar, fazer os cálculos, para trazer uma resposta no dia 08 de março. Esperamos que o governo sinalize, seja atendendo a nossa proposta ou fazendo uma contraproposta que consideremos digna”, salientou Isaque Cangussu, presidente da Adepol.

 

Nova data

Durante a reunião, ficou agendada para o dia 08 de março nova reunião entre os envolvidos para conhecer a contraproposta do Governo. Até lá, o presidente do Sinpol/SE informa que a categoria continuará em estado de alerta.

“Agora sim começamos o processo de negociação com o governo do Estado. E isso foi graças ao apoio de todos os colegas que estavam ali, do lado de fora, entoando cantos de apoio ao Movimento. Foi graças a essa pressão que começamos a negociar com o Governo. O secretário Felizola se comprometeu em apresentar uma resposta frente à nossa reivindicação de 25% de reajuste, ou seja, 5% da reposição inflacionária + 20% pedido pela classe. Até lá, dia 08 de março, a nossa categoria continuará unida e atenta. A nossa luta só acaba até conseguirmos a valorização e respeito desses homens e mulheres que trabalham para garantir a segurança da população”, finalizou Adriano Bandeira.

Compartilhar Post