Movimento Polícia Unida: Policiais e bombeiros marcham até a SSP/SE para cobrar abertura de diálogo
Evento ocorrido na tarde desta terça-feira (25), na Praça da Bandeira, objetivou decidir as novas ações em defesa das reivindicações da categoria, o que inclui o adicional de periculosidade, reposição inflacionária e projetos de reestruturação de carreiras
Na tarde desta terça-feira (25), o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) e outras oito entidades sindicais e representativas que representam o Movimento Polícia Unida realizaram uma nova Assembleia Geral Unificada, visando decidir as novas ações em defesa das reivindicações da categoria composta por policiais civis, policiais militares e bombeiros militares. O ato coletivo que luta pelo adicional de periculosidade, reposição inflacionária e projetos de reestruturação de carreira aconteceu na Praça da Bandeira, em Aracaju.
Presentes em grande número, os integrantes das forças de segurança e salvamento compareceram ao local para manifestar a revolta e indignação com o Governo do Estado, que segue sem dar posicionamento acerca das principais pautas da categoria, entre elas, o adicional de periculosidade.
Para o policial civil Luciano Rodrigues, a postura do Governo do Estado demonstra a negligência e descaso com os profissionais de segurança pública.
“As reivindicações das categorias presentes nessa assembleia são de conhecimento do governador Belivaldo Chagas há tempos, mas ele insiste em sequer querer nos ouvir, nos receber, oferecer a sua contraproposta. Por isso, acho importante comparecer nos atos, porque a união desses profissionais que vai fazer a diferença”, opinou.
Em discurso, Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE, questionou a decisão do governador do Estado, Belivaldo Chagas, de autorizar o secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes, a propor um novo projeto de lei que trata da reestruturação das carreiras da Segurança Pública. Para ele, trata-se de mais uma decisão unilateral por parte do Chefe do Executivo, que insiste em desconsiderar as pautas apresentadas pelas categorias que representam esses profissionais.
“Ao invés de chamarem os representantes sindicais para discutir os projetos que foram apresentados ao Secretário, eles decidem pela criação de um projeto que entendemos só beneficiar a classe inicial e classe final dessas categorias, esquecendo principalmente dos profissionais aposentados. Entendemos que os ganhos devem contemplar todos os servidores, sejam eles da atividade ou inatividade; da base, meio e topo. Não aceitaremos um projeto que não seja discutido por todos esses homens e mulheres que estão na luta conosco”, destacou Adriano Bandeira.
Após discursarem, os milhares de participantes marcharam por toda a Avenida Barão de Maruim, em direção à frente da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), a fim de cobrar a abertura de um diálogo entre as lideranças do Movimento Polícia Unida com o secretário João Eloy.
Ao chegarem em frente à SSP/SE, após entoarem o Hino Nacional, todos os participantes da assembleia apresentaram propostas para serem deliberadas. Na oportunidade, ficou decidido que na próxima quinta-feira (27), acontecerá uma nova manifestação da categoria em frente à Corregedoria de Polícia Civil, em apoio aos colegas policiais civis que participam dos atos coletivos e que estão sendo convocados para prestar esclarecimentos. Além disso, foi reforçado o compromisso de aceitar somente propostas que contemplem todos os profissionais da atividade policial e de salvamento; como também uma atuação mais incisiva, por parte dos bombeiros militares, na fiscalização de alvarás de funcionamento de empresas.
“Importante destacar que teremos assembleia setorizada para tratar de investigações sobre crimes contra a Administração Pública”, apontou Adriano Bandeira.
Reunião com João Eloy
Já ao final do ato coletivo, as lideranças do Movimento Polícia Unida foram convocadas para uma reunião com o secretário de Segurança Pública, agendada para esta quarta-feira (26), para tratar sobre as pautas reivindicatórias.
“Esperamos discutir e apresentar ou entender qual a contraproposta do governo do Estado para os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares”, salientou Adriano Bandeira.