Policiais civis decidem permanecer em estado de alerta até que Projeto OPC seja aprovado pelo governador Belivaldo Chagas
Agentes, escrivães e agentes auxiliares da Polícia Civil estiveram reunidos nesta terça-feira, 23, em Assembleia Geral Extraordinária com o objetivo de analisar os resultados da reunião realizada entre o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) e o governador Belivaldo Chagas, ocorrida no último dia 16 de julho.
“Foi uma Assembleia que chamou a atenção pela união e nível de comprometimento dos policiais civis em compreender o atual cenário de negociação com o governador Belivaldo Chagas, onde ele novamente manteve sua palavra de que aprovará o Projeto Oficial de Polícia Civil (OPC), embora ainda não tenha aceitado tratar sobre revisão geral anual e nem reajuste salarial. De forma prática, o governador determinou que a Secretaria de Administração e a Secretaria da Segurança Pública alinhem juntamente com nosso sindicato ajustes finais do Projeto OPC para que ele seja encaminhado para votação na Assembleia Legislativa. O prazo que o próprio governador mencionou na reunião como data limite para que esses ajustes estejam finalizados foi dia 15 de setembro. O passo seguinte, ainda no mesmo mês, é encaminhar o projeto para aprovação na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese). Nossa parte está sendo feita devidamente, inclusive com a primeira reunião na Sead agendada para a manhã desta quarta-feira, 24”, destacou Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE.
Embora os policiais civis tenham definido coletivamente aguardar o encaminhamento do projeto OPC por parte do Governo de Sergipe, também deliberaram sobre a necessidade de permanecerem mobilizados de maneira permanente. “Os policiais optaram em dar um voto de confiança ao governador. Houve um entendimento coletivo de que não é o momento de paralisação dos serviços ou de outros atos que possam prejudicar nossa atividade policial nos 75 municípios sergipanos”, completou Adriano Bandeira.
O projeto OPC é uma ação que contempla os policiais civis com três pontos relevantes: criação da classe final, diminuição dos interstícios e fusão dos cargos da base. Para a categoria, será uma conquista momentaneamente satisfatória em meio às incertezas relacionadas ao reajuste salarial. “Atualmente a Polícia Civil do Estado do Amazonas é uma referência para os demais estados no tocante a salário e reconhecemos que ocupamos hoje a 18ª posição no ranking salarial. O poder de compra do policial civil caiu muito e o diálogo com os colegas que estão mais revoltados ou impacientes com essa defasagem financeira tem sido praticamente diário. Entretanto, temos conversado com nossos pares e informado que o governador reforçou na reunião com a gente que manterá a palavra e aprovará pelo menos o nosso projeto. A categoria permanecerá atenta, mobilizada e dialogando com a sociedade. Inclusive nossa próxima assembleia será no dia 20 de agosto”, finalizou Adriano Bandeira.