Sinpol denuncia perseguição e remoção arbitrária de investigadores do DHPP

Sinpol denuncia perseguição e remoção arbitrária de investigadores do DHPP

Na manhã desta quarta-feira, 8, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) realizou uma Assembleia Geral Extraordinária no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para tratar de uma denúncia grave: a remoção arbitrária de três oficiais investigadores de polícia, sendo um deles dirigente sindical, que acumulavam anos de experiência no departamento.

Segundo o presidente do Sinpol/SE, Jean Rezende, a decisão foi tomada pela diretora do DHPP, com o aval do delegado-geral da Polícia Civil, e é vista como uma medida de perseguição aos profissionais, especialmente em razão da atuação do sindicato na fiscalização e exposição de irregularidades no serviço público.

“Esses investigadores têm décadas de dedicação e expertise no combate aos homicídios. Essa remoção arbitrária, disfarçada de ato administrativo de interesse público, é uma retaliação clara à postura combativa do sindicato. O DHPP é referência nacional na redução dos índices de homicídios, mas essa decisão vai na contramão da eficiência e do compromisso com a segurança pública”, destacou Rezende.

Falta de critérios e prejuízo ao serviço público

O Sinpol alega que a justificativa apresentada pela direção do departamento é inconsistente. Apesar de mencionar o “bem do serviço público”, a medida não considera a realocação dos policiais de acordo com sua formação e experiência. “É inaceitável que se retire profissionais qualificados e se substitua por pessoas alheias à função investigativa, incluindo policiais militares desviados de suas funções”, afirmou o presidente do sindicato.

A diretora do DHPP também foi criticada pela falta de transparência e pelo impacto negativo de sua decisão na prestação de serviços à sociedade sergipana. “Se há questões de ordem pessoal ou administrativa, a solução não pode ser punir quem trabalha. A gestão do DHPP precisa de seriedade. A diretora deveria, ela mesma, solicitar sua remoção, caso esteja insatisfeita”, pontuou o presidente do Sinpol/SE, Jean Rezende.

Providências em andamento

O Sinpol está tomando as medidas legais cabíveis para reverter a decisão e garantir que os profissionais sejam mantidos em seus postos. Além disso, o sindicato reforça a necessidade de uma gestão comprometida com os princípios da eficiência e do respeito à experiência acumulada pelos policiais civis.

“Não é apenas uma questão interna. A remoção arbitrária compromete o trabalho de um departamento que é vital para a segurança pública em Sergipe. Vamos continuar defendendo nossos profissionais e a qualidade do serviço prestado à população”, concluiu o presidente do Sinpol.

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