Governo apresentará contraproposta sobre reivindicações do Movimento Polícia Unida nesta quarta (16)
Reunião, prevista para 14h na Secretaria de Segurança Pública (SSP), é resultado da mobilização da categoria em ato coletivo realizado na tarde dessa terça-feira (15)
Na tarde desta terça-feira (15), as nove entidades sindicais e representativas que integram o Movimento Polícia Unida, entre elas, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), realizaram uma nova Assembleia Geral Unificada, visando decidir as novas ações em defesa das reivindicações da categoria composta por policiais civis, policiais militares e bombeiros militares. O ato coletivo que luta pelo adicional de periculosidade, reposição inflacionária e projetos de reestruturação das carreiras policiais iniciou no Parque da Sementeira e seguiu em direção ao Palácio dos Despachos, localizado na Avenida Adélia Franco, em Aracaju.
Assim como nos demais atos coletivos, milhares de integrantes das forças de segurança e salvamento compareceram ao chamamento das categorias e seguiram em direção à Casa do Chefe do Executivo estadual para cobrar uma contraproposta em relação às pautas de reivindicação da categoria, que segue até o momento sem resposta.
“É um absurdo como o governador Belivaldo Chagas vem tratando os operadores da segurança. Já estamos na metade do mês de fevereiro e não houve qualquer aceno do Governo em relação às nossas reivindicações, a exemplo do adicional de periculosidade, da reposição inflacionária. Nem mesmo o tal Projeto de Reestruturação das Carreiras Policiais é de nosso conhecimento, nem sabemos quando sairá algo e se realmente contemplará toda categoria. Por isso, viemos aqui exigir transparência na elaboração desse projeto”, disse o policial civil Leonardo Mota.
Presente no local, Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE, iniciou a fala sobre a elaboração do Projeto de Reestruturação das Carreiras das Policiais, por parte da Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), que ele considera como “projeto da enganação”.
“Estamos diante de um projeto que é só enganação. Primeiro, porque já começou errado. Estão elaborando um projeto sem participação das entidades sindicais que representam esses profissionais. Sequer avaliaram as nossas reivindicações. Pelo contrário, trata-se de um documento unilateral que, pelo que sabemos, somente contempla uma classe final, além de deixar de fora todos os inativos. Não aceitaremos um projeto que não seja discutido por todos esses homens e mulheres que estão na luta conosco e que contemple a todos, de forma igualitária”, destacou Adriano Bandeira.
Após discursarem, os milhares de participantes seguiram em direção inicialmente em direção à residência do governador Belivaldo Chagas, onde cantaram o Hino Nacional, relembrando a luta da categoria. Logo em seguida, seguiram em caminhada para frente do Palácio dos Despachos, a fim de cobrar do Chefe do Executivo a aprovação das principais reivindicações da categoria. Lá, os representantes do Movimento Polícia Unida protocolaram um documento exigindo uma audiência emergencial com o governador Belivaldo Chagas, para cobrar celeridade na apresentação da contraproposta do Governo.
“Protocolamos o documento solicitando uma audiência imediata, pois não aguentamos mais tanta espera. No dia 26 de janeiro estivemos com o secretário da Segurança Pública, João Eloy, que nos confirmou que até o início de fevereiro os projetos relacionados às pautas do Movimento seriam enviados para a Assembleia Legislativa. Já estamos na metade do mês e nada de envio dos projetos. Queremos uma resposta do Governo”, pontuou o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol), Isaque Cangussu.
Reunião na SSP
Após negociação pacífica, os representantes foram informados pelo secretário Executivo da Segurança Pública, coronel Andrade, sobre a decisão do Governo de apresentar o projeto à categoria nesta quarta-feira, na SSP. “Fomos informados que os projetos das polícias Civil e Militar já estão prontos e será apresentado nesta quarta-feira, às 14h, na SSP. Lá, teremos acesso a uma planilha de impacto dos projetos elaborado pelo Governo do Estado, como também ao texto de lei que será apresentado como contraproposta às pautas do Movimento Polícia Unida”, explicou Adriano Bandeira.
Na oportunidade, o presidente do Sinpol/SE agradeceu a participação em massa dos profissionais da atividade policial e de salvamento no ato e convocou para participarem da reunião na SSP.
“Queria agradecer e parabenizar todos os colegas policiais e bombeiros do estado de Sergipe pela mobilização de hoje, pela decisão coletiva em assembleia de caminharmos até o Palácio dos Despachos, para cobrar o governador Belivaldo Chagas. É importante que continuemos em mobilização, que todos compareçam amanhã na SSP, pois será o dia em que conheceremos o que o Governo quer nos oferecer. Esperamos que a contraproposta que será apresentada amanhã seja isonômica, equilibrada, que não seja elitista, que seja um projeto que atenda a todos, ativos e inativos”, finalizou Adriano Bandeira.